Quando falamos de interfaces gráficas e WEB, logo corremos nossa mente para a tão famosa WEB 2.0 com suas bordas arredondadas e peroladas, com sua logo sombreada sempre com o “beta” pendurado em algum canto.
Mas quando falamos de GUI para WEB, as coisas não estão só limitadas a isso, pelo menos por enquanto. Há uma tecnologia da Microsoft que já está andando faz um tempo mas ainda não fez seu boom chamada Silverlight (que as pessoas adoram falar que é um copycat do Adobe Flash).
Cada uma tem suas particularidades e no caso do Silverlight, tem coisas muito interessantes, principalmente quando falamos de WEB.
Usando o WPF, o Silverlight tem uma seleção de recursos interessantes quando falamos de interfaces, aliado a suíte de aplicativos Microsoft Expression (mais especificamente, o Expression Blend) o desenvolvimento para essa nova plataforma (que eu adoro chamar de HiFi UI) fica muito mais fácil.
As principais particularidades do Silverlight 2 para desenvolvimento de aplicações RIA, em sua versão BETA para uso massivo incluem:
- Uso de WPF na UI: Usando o Windows Presentation Foundation da Microsoft, produzir essas interfaces agora é fácil (para quem já degustou a versão 1 do Silverlight sem esse WPF). Com ele, é possível uma alta manipulação gráfica, animações além de inserção e alta personalização de controles como Buttons, TextBox. Alta capacidade de manipulação de Layout, Estilos, Data-Binding e o meu preferido: Template Skinning. O mais divertido disso tudo é que você pode usar a alta personalização feita na Web e reutilizar os controles em Windows Form Applications. Basicamente, a liberdade que se tem em um Windows Form Applications foi introduzida na WEB.
- Rich Controls: Todos os widgets já conhecidos em windows form applications podem ser usado de forma fácil e simples para a WEB. Isso inclui controles de layout (Grids, Containers, Panels, etc), comuns (Gauges, Scrolls, Calendars, etc) e manipulação de dados (DataGrids, ListBox, etc). Todos estes controles com um nível de edição alto, permitindo o designer soltar a imaginação no formato e cores do controle, antes limitado.
- Rich Base Class Library: Todo o poder de manipulação de dados oferecido pela API do .NET é possível com o Silverlight, pois toda a library do framework conversa com o mesmo, como por exemplo: Collections, IO, Threading, XML, Globalization, TCP, etc).
- Rich Networking Support: O Silverlight suporta um pool de possibilidades de networking, incluindo o tão comum RSS, como o REST, WS*/SOAP, POX e outros serviços HTTP. (Não preciso citar toda a liberdade TCP/IP né?)
Agora, um fato importante é que o Silverlight 2 não requer o Framework da Microsoft para rodar no computador cliente, apenas sua library mínima. Pesa pouco mais de 4MB e roda nos navegadores mais comuns como IE (obviamente), FireFox, Safari, etc.
E o melhor de tudo é que tudo pode ser programado via Visual Studio 2008 (o Expression Blend integra completamente com o VS), bastando adicionar alguns pacotes de expansão gratuitos.
Tanto o Visual Studio 2008 quanto o Expression Blend (em suas versões Preview) podem ser baixadas e exploradas gratuitamente, não sendo necessário a recorrer ao “capitão gancho” para fuçar nele.
Para começar a experimentar, incentivo a acessar o Get Starting do site oficial do Silverlight, e em poucas horas estará programando seus primeiros Hello Worlds no seu PC gratuitamente. (Pelo menos no caso do Visual Studio, por 90 dias).
Silverlight: http://silverlight.net/GetStarted/
No site também tem o blog do Scott Guthrie, onde baseei este post, e lá contém mais informações sobre os primeiros passos.
Tem no site supracitado, mas vale dar uma ajuda que a Microsoft também oferece uma vídeo-aula mostrando desde a instalação de todas as suítes até o seu primeiro “Hello World”, realmente fantástico! (http://silverlight.net/learn/learnvideo.aspx?video=57010)
Estarei continuando isso, e não deixem de ver mais sobre esse mundo, pois as possibilidades são infinitas e há espaço no mercado para todos =)