Usabilidade tem muito o que falar, mas vou seguimentar em vários posts, começando com este, que introduz o assunto, conta um pouco da história e seus criadores e objetivos.
Para Hix e Hartson (apud Heemamm, 1997), conceituaram usabilidade como a combinação da fácil aprendizagem, alta velocidade de execução de tarefas, baixa taxa de erros, subjetiva satisfação e retenção do conhecimento da interface, ou seja, o usuário mesmo depois de um bom tempo sem interagir com a interface, ainda se lembra de como usa-la. Já para Bevan (apud Dias, 2003) aponta “usabilidade” como sendo um termo técnico para referenciar a qualidade de uso de uma interface. De acordo com as normas ISO 9241, “usabilidade” é definida como “Efectividade”, Eficiência e Satisfação com que os usuários atingem os seus objetos em um determinado sistema.
Quando falamos de usabilidade, estamos nos referindo o quão bem os usuários podem utilizar os recursos do website ou software. “User Friend” (amigo do usuário) é um termo mundialmente conhecido para definir se uma interface ajuda o usuário, seja um website, software ou game. Porém, user friend é diferente de usabilidade, além de não ser uma definição baseada em termos científicos, ou seja, dizer que uma interface é user friend, não lhe dá substrato e métricas. É um termo vago, e muito abrangente.
Porém, Nielsen associou o termo usabilidade a cinco atributos de uma interface passiveis de mensuração, que seguem:
- Facilidade de aprendizado;
- Eficiência de uso;
- Facilidade de memorização;
- Baixa taxa de erros e
- Satisfação subjetiva
Com esses atributos, torna-se possível medir o grau de usabilidade, além de se tornar um termo mais concreto. Dizer se uma interface tem alta ou baixa usabilidade é verdadeiro.
Nota-se que a usabilidade é um dos fatores mais importantes quando estamos falando de um software, website ou game. Pois o usuário primeiro deve entender a navegação da interface, antes de finalmente atingir o conteúdo, que no caso, é o que se está querendo vender. Winckler & Pimenta (2002) enumeraram alguns problemas clássicos que se pode ter em uma interface, que são:
Navegação: dificuldade dos usuários tem dificuldade em encontrar a informação desejada ou a funcionalidade. Não sabem como retornar a uma página anterior (no caso de um website) ou localizar uma funcionalidade de um software. A figura abaixo exemplifica um software com problemas de navegação:
Este software de conversão de arquivos de vídeo contém problemas de navegação. Note a aglomeração de botões, opções e campos para preencher. Dificilmente o usuário lembrará as posições das opções, e no caso de entrar em contato pela primeira vez, ele demorará para se adaptar a interface.
Recursos Multimídia: Uso excessivo de vídeos, imagens e cores na composição de um website. A figura ao lado mostra um website com este problema, apesar de não ser tão grave o problema dos recursos multimídia. Entre os problemas de recursos multimídia, pode-se citar o uso abusivo de cores, imagens, textos em destaque, fontes pequenas em excesso, etc).
Tecnologia: Incompatibilidade de Browsers, sistemas operacionais, hardwares (velocidade de conexão de internet). Muito comum entre softwares e games, porém, ainda há websites que se limitam muito entre browsers como Microsoft Internet Explorer versus Mozilla FireFox. A figura ao lado mostra um website acessado via FireFox, exigindo o Microsoft Internet Explorer. Certamente o website terá uma perda de visitas e possíveis consumidores.
No próximo post vamos começar a aprofundar mais sobre Usabilidade e bater um papo sobre Engenharia da Usabilidade. Este foi mais para introduzir o assunto para aquecer os motores para tal!
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