Observar como um usuário se comporta ao interagir com uma interface, e atentar-se às dificuldades dele, faz da prototipação um passo importante no fluxo de uma Engenharia da Usabilidade. Morandini mostrou em sua Tese que a prototipação é capaz de determinar taxas e métricas que quantifiquem a usabilidade de uma interface.
Uma prototipação é feita criando-se uma interface com as mesmas características do produto final, mas sem funcionalidades. É apresentado aos usuários de forma que eles possam enxergar com mais clareza o produto final.
Uma vez aprovada a interface, o desenvolvimento é feito com riscos amplamente reduzidos de uma reengenharia por falhas na utilização da interface. Um protótipo representando apenas uma parte do sistema final (a interface) reduz custos, e torna-se muito mais lucrativo quando aliado a uma metodologia de desenvolvimento iterativa.
Há dois tipos de prototipação: Horizontal e Vertical. A prototipação horizontal consiste em montar uma interface completa em termos de elementos, permitindo uma visão geral do usuário por todo o sistema, assim como uma pessoa observa o horizonte, em um protótipo horizontal, o usuário obtém uma visão geral de tudo.
A Prototipação Vertical é focada nas funcionalidades. Dessa forma, um protótipo do sistema pode ser reduzido a um módulo isolado, onde o usuário poderá ver em detalhes um pedaço limitado do sistema.
Eu pessoalmente sempre defendi a prototipação como um passo importante da Engenharia da Usabilidade, pois o cliente poderá degustar o sistema antes do mesmo ser implementado. Porém, acredito que a prototipação horizontal valha mais a pena pois investir tempo em um único módulo para fazer uma prototipação vertical pode exigir muito tempo e/ou regras de negócio já funcionando, causando retrabalho.
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